05 julho 2024

Sou eleito então posso pecar à vontade?

"Faz, ó Senhor, resplandecer sobre nós a luz do teu rosto!" Este clamor do Salmo 4.6 reflete a aspiração por experimentar a presença de Deus em nossas vidas.

É através desta luz que os eleitos são capacitados para viverem vidas santificadas, não por esforços próprios em busca de salvação, mas como uma resposta ao amor e à graça de Deus.

A santificação, então, torna-se não apenas um processo mas uma jornada de crescimento espiritual onde a luz de Deus resplandece sobre nós, revelando Seu propósito redentor.

Portanto, permita-me dizer: se o pecado, que é um padrão de vida contrário aos propósitos de Deus, é algo que lhe traz satisfação, que o atrai como um ímã atrai um pedaço de metal, então é possível que você ainda esteja espiritualmente morto em seus delitos e pecados (Efésios 2.1-3), nunca tendo experimentado a regeneração.

Um salvo nunca se sentirá confortável com o seu pecado; não por causa do julgamento alheio, mas por causa do olhar sempre presente de Deus (1 Jo 3.9,10). Um salvo não se sente desconfortável com seu pecado simplesmente porque isso o condenará, mas porque o pecado ofende a santidade de Deus.

Algumas pessoas, seja por ignorância ou por desonestidade intelectual, afirmam equivocada ou maldosamente que a eleição é uma doutrina perigosa, pois, para elas, se a eleição é verdadeira, os eleitos podem viver de qualquer jeito, pecar à vontade, que, no final, serão salvos. Ledo engano.

Essas, geralmente, são pessoas influenciadas por uma "teologia penitencial" e meritória. Buscam ser "santas" por medo do inferno, e não por amor a Deus. Na verdade, elas amam mais a si mesmas e as suas obras do que a Deus, pois seguem "rituais" na tentativa de alcançar algum nível de perfeição" para se salvar da condenação que tanto temem.

Elas contestam a doutrina da eleição incondicional, pois foram ensinadas a viver por recompensas, a fazer para receber. Foram doutrinadas a viver uma vida de barganha com Deus; uma espécie de misticismo, como se isso fosse suficiente. Não entendem que a santidade é uma consequência da salvação, e não a causa dela.

Mas, afinal, pode um eleito viver como quiser? Na verdade, alguém que pensa que pode viver de forma libertina, deleitando-se em todo tipo de pecado e usa a doutrina da eleição como justificativa para isso, está mostrando com seus frutos que não é um eleito que ainda não foi Ou regenerado; se é que um dia será (Gl 5.13).

Os eleitos foram chamados à santidade. Não uma "santidade" que vem de sua "justiça própria" caída, comparada a trapos de imundícia (ls 64.6), mas, aquela que vem através da obra santificadora do Espírito Santo. Os eleitos foram criados em Cristo, não por causa das boas obras, mas PARA andarem nelas (Ef 2.10).

O propósito da eleição é tornar os eleitos santos e capacitá-los ao esforço moral. Como disse Spurgeon: 'A escolha de Deus torna os homens escolhidos em homens de escolha" .

Se você diz: "Sou santo para ser salvo", busca a glória para si. Mas ao dizer: "Sou santo porque sou salvo', a glória é toda de Deus.

Um eleito eventualmente pecará, pois é humano; mas nunca se deleitará na prática do pecado. Deus predestinou os eleitos para serem conforme a imagem de Seu Filho, portanto, santos. A santidade é um processo e não será completada aqui na terra, mas isso não significa que você possa ser "amiguinho do pecado." Como disse Thomas Watson: "A santificação é a marca distintiva das ovelhas de Cristo."

Portanto, um eleito não busca a santificação para ser salvo ou por medo do inferno, como muitos fazem, achando que suas obras serão suficientes. Pelo contrario, por ser salvo, ele busca a santificação, mesmo com suas limitações, para o louvor e a glória de Deus, e não para si mesmo. Compreender isso é entender que a eleição é incondicional.

Texto extraído da internet (Instagram)



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