Senhor, oro para que minha igreja e outras igrejas evangélicas exibam a coragem e a ousadia de João Batista e levem muitas pessoas a Jesus Cristo.
Fonte: Dia a Dia com Tozer - Devocional Diário
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Senhor, oro para que minha igreja e outras igrejas evangélicas exibam a coragem e a ousadia de João Batista e levem muitas pessoas a Jesus Cristo.
Fonte: Dia a Dia com Tozer - Devocional Diário
Por Allan Harman
Mesmo que a gente não saiba muito sobre alguns profetas da Bíblia, o livro de Amós, assim como o de seu contemporâneo Isaías, é diferente. Logo no começo, Amós conta que era de Tecoa e que sua missão era falar com o Reino do Norte de Israel. Ele diz que isso aconteceu dois anos antes de um terremoto, quando Uzias era rei de Judá e Jeroboão era rei de Israel (Amós 1:1). Isso quer dizer que o livro provavelmente foi escrito por volta de 760 AC, mas não tem jeito de saber a data exata do terremoto. Podemos aprender três coisas bem importantes com esse livro:
1) Profeta era alguém escolhido por Deus
Amós não era de Israel, mas do reino do sul, Judá. "Volte para a sua terra!", disse Amasias, o sacerdote de Betel, "procure comida lá e trabalhe como profeta por lá" (Amós 7:10-13). Amós era fazendeiro até que Deus mandou ele ir para o Reino do Norte de Israel com sua mensagem.
Ser profeta não dependia da família da pessoa nem de nenhum grupo religioso profissional. O que importava era o chamado de Deus para ser o porta-voz dele. Deus escolhia os profetas de acordo com a necessidade da época e lhes dava as palavras certas para falar com o povo. Antes de Deus agir, ele confiava a sua mensagem a mensageiros escolhidos por ele. O plano secreto do Senhor era comunicado através dos seus servos, os profetas.2) O papel dos profetas estava ligado à aliança que Deus fez com Israel
Os profetas serviam como intermediários entre Deus e o seu povo da aliança. Eles anunciavam a palavra de Deus e incentivavam a obediência às suas regras. Eram como guardas do reino, cobrando dos reis e líderes a responsabilidade por suas ações diante de Deus. Podemos dizer que eram fiscalizadores da aliança, dedicados a manter o laço especial que Deus tinha feito com o seu povo.
A aliança colocava os filhos de Israel numa posição única e privilegiada. As primeiras mensagens do livro de Amós são para as nações vizinhas de Israel (Síria, Gaza, Tiro, Edom, Amom, Moabe e Judá, veja Amós 1:1-2:16). Depois, quando o profeta finalmente fala com Israel, ele transmite a mensagem do Senhor para a nação pecadora: "Só a vocês eu conheci dentre todas as famílias da terra" (Amós 3:2). O texto hebraico deixa claro a exclusividade da relação entre Deus e o seu povo: "Somente vocês..." Israel foi escolhida não por ser a maior ou mais forte, mas simplesmente porque Deus a amava (Deuteronômio 7:7).
Mas um relacionamento único trazia responsabilidades únicas. Eles precisavam entender que ser escolhido para uma posição especial significava também ser escolhido para ter responsabilidades. Israel não teria bênçãos automáticas. Na verdade, o povo corria o risco do julgamento divino e não poderia escapar da punição por suas maldades (Amós 3:2). A Bíblia ensina que o julgamento começa pela casa de Deus (1 Pedro 4:17). Amós nos mostra que privilégios da aliança não podem ser separados da obediência aos mandamentos de Deus.
3) A visão de futuro de Amós tem várias faces
Quase sempre, os profetas tinham mensagens que falavam do futuro. O povo imaginava o dia do Senhor como um dia de brilho e luz, sem perceber que seria um dia de "trevas, e não de luz, escuridão, sem nenhum brilho" (Amós 5:20). Eles precisavam aprender que festas alegres e oferendas não iriam acalmar um Deus magoado. Seus pecados, incluindo a idolatria, acabariam levando ao exílio além de Damasco (Amós 5:26-27). A saída de Israel da terra prometida seria outro ato soberano de Deus ("e eu os enviarei..." ).
Mas Amós também fala de esperança, e essa esperança tem dois lados. O primeiro fala da tenda caída de Davi (Amós 9:11-12). A família de Davi era importante na história de Israel e Judá. O texto diz que ela está em ruínas, mas que no futuro será restaurada e vai incluir gentios, ou seja, pessoas que não eram do povo judeu. A interpretação de Tiago sobre essa passagem na assembleia de Jerusalém apoia essa ideia (Atos 15:16-17). A inclusão de gentios na igreja do Novo Testamento foi a realização do plano de Deus anunciado através do profeta Amós.
O último elemento de esperança é que Deus vai plantar o seu povo em um novo Éden. É importante notar que, apesar do pecado de Israel, Deus não os abandonou. Ele vai restaurar a sorte do seu povo, o que provavelmente vai acontecer no fim dos tempos, quando o povo espalhado de Deus será reunido no seu reino eterno. As palavras finais da profecia reafirmam a aliança, porque o Deus da aliança (observe como o nome de Deus usado aqui é YHWH, que representa a aliança) continua sendo o Deus deles, e Ele vai cumprir a sua vontade para eles (Amós 9:11-15).
Fonte: Ligonier