24 janeiro 2023

[Devocional] Morte e Ressurreição

E, se Cristo não ressuscitou, é vã a fé que vocês têm, e vocês ainda permanecem nos seus pecados. (1 Coríntios 15.17)

Morte e ressurreição estão lado a lado, andam de mãos dadas, pois quando a morte é mencionada, tudo que é peculiar à ressurreição está incluso. Como também o inverso é verdadeiro: quando a ressurreição é mencionada, tudo que é peculiar à morte está incluso.

Mas Jesus por ter ressuscitado, obteve a vitória e tornou-se a ressurreição e a vida e por isso Paulo diz "...Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou o qual está à direita de Deus e também intercede por nós" (Romanos 8.34.).

Já que a mortificação de nossa carne depende da comunhão com a cruz, devemos também compreender que há um benefício correspondente derivado da ressurreição de Jesus. Por isso Paulo diz "...como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos..., assim também andemos em novidade de vida" (Romanos 6.4).

Da mesma forma, a partir do fato de estarmos mortos com Cristo, "fazei pois morrer a vossa natureza terrena" (Colossenses 3.5), de mesmo modo, a partir do fato de sermos ressuscitados com Cristo, "...buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus" (Colossenses 3.1).

Essa verdade nos assegura um benefício: nossa própria ressurreição, da qual temos por Cristo nossa mais perfeita e verdadeira representação. Essa é a nossa esperança: se Cristo ressuscitou, seremos ressuscitados também, pois como Paulo disse: "se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a essa vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo"(1Coríntios 15.19).

Portanto, esta é a certeza do crente em Jesus: todos nós iremos passar pela morte, mas seremos ressuscitados e viveremos por toda a eternidade junto com Jesus: "Temos certeza de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus dentre os mortos, da mesma forma nos ressuscitará com Ele e nos apresentará convosco" (2 Coríntios 4:14).

17 janeiro 2023

[Devocional] O Jugo Suave

Nathaniel Vicent 

Porque o meu jogo é suave, e o meu fardo é leve. Mateus 11.30 

Pelo fato de Cristo ser tão compassivo, certamente não é razoável reclamar e recusar a submeter-se ao Seu jugo. Um jugo tão misericordioso como esse deve ser um jugo suave; e o Seu fardo é um fardo leve (Mt 11.30). O reino do Céu é como um casamento; se a submissão da esposa a um marido terno e indulgente é doce e agradável, muito mais agradável é a submissão do crente a Cristo. Os ímpios são estranhamente preconceituosos a respeito do cetro e do governo de Jesus; mas não há justificativa para isso. Eles dizem: “Não queremos que esse Senhor reine sobre nós”. É misericordioso ser transportado para o Reino, porque você será liberto de todos os outros senhores, que são ditatoriais, cruéis e recompensam com a morte todos os serviços que lhes são prestados. Todos os preceitos de Cristo são benéficos para você, e Ele não lhe impõe qualquer proibição exceto aquilo que Ele vê que pode lhe ser prejudicial. Penso que, ao ler essas palavras, o mais obstinado de todos deveria render-se e dizer: “Deixamos o Senhor da vida do lado de fora, mas foi um erro; não pensávamos que servir a Ele significava estar tão próximo da liberdade; imaginávamos que Suas ordens eram cruéis, portanto as abandonamos, mas agora devem ser mais valorizadas que o ouro, sim, o ouro mais fino, e são mais doces do que o mel e o favo”.


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Sobre o autor:
Nathaniel Vincent (1639–97). Nasceu em Cornwall e graduou-se pela Christ Church, Oxford, em 1656. Foi nomeado capelão do Corpus Christ College e, posteriormente, exerceu o cargo de pastor em Buckinghamshire. Após a Grande Expulsão de 1662, Vincent passou três anos como capelão particular antes de mudar-se para Londres em 1666. Foi multado, maltratado e literalmente arrastado do púlpito por pregar. Vincent passou vários meses na prisão e foi banido do país, porém um erro em sua acusação evitou que a sentença fosse executada. Enfraquecido pelo confinamento, Vincent faleceu em 1697. Publicou vários sermões ao longo da vida.

Fonte: Pão Diário