Quanto mais vemos Deus elevado, menores devemos ser aos nossos olhos. Não há nada que nos torne mais humildes que a reflexão acerca de Deus. Penso que todo coração orgulhoso neste mundo não conhece a Deus, nunca teve a visão da glória de Deus como deveria. Quando vemos Deus, nosso coração se torna maravilhosamente humilde diante dele. Jó é um famoso exemplo disso. Ele declara: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (42:5,6). Jó era um homem íntegro e reto, no entanto confessou que conhecia Deus só de ouvir falar, que nunca o havia visto até aquele momento que o próprio Deus lhe proporcionara. E ao ver Deus daquela maneira, embora fosse um homem íntegro e capaz de continuar a viver em retidão, ele diz: “Agora os meus olhos te veem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza”. Ó, quem dera Deus desse uma visão de si mesmo a todos nós, aos orgulhosos, aos resistentes, aos que se rebelam contra Ele. Vocês conheciam Deus só de ouvir, mas os seus olhos já o viram? Se Deus lhes desse uma visão do que lhes falei sucintamente, certamente se ajoelhariam diante dele e se abominariam no pó e na cinza.Rogo-te que me mostres a tua glória (Êx 33:18).
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Sobre o autror: Jeremiah Burroughs (1599–1647). Burroughs, outro puritano muito produtivo, foi um pregador benquisto e bem-sucedido em Londres. Representou a causa Independente na Assembleia de Westminster e passou seis anos pregando em uma pequena igreja rural. Foi ministro do evangelho na igreja inglesa em Rotterdam e, após retornar a Londres, tornou-se a “estrela da manhã” da igreja em Stepney. Burroughs foi um dos melhores oradores puritanos de sua época; dedicava um amor especial aos Pais da Igreja e à História Cristã. Cotton Mather observou que Moses His Choice [Moisés sua escolha], de Burroughs, “não fará você reclamar que perdeu tempo por tê-lo em sua companhia”.
Fonte: Pão Diário
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